...voltei ao jardim como de costume, de manhã, bem
cedo. Era um hábito acordar cedo e regar as que ainda estavam lá. Enchia o
regador, não com muito, com pouco, ao que servia já era suficiente. Devagar, de
modo não ligeiro, regando uma a uma, sem pressa, sem receio, alimentando-as não
de tudo, mas do que precisavam, de vida, de éter.
Uma a uma olhavam-me, curiosas, estranhando minha
presença, indagando a constante ausência. Dei-lhes o que podia, não era muito,
mas era o que tinha naquele momento, dei-lhes de afeto. Era suficiente, o
bastante.
Ao
fundo, a maçã, outrora dada aos pequenos, que ali vinham e que tão pouco
exigiam. Retribuía-lhes a visita, e agraciava-lhes com tão pequena oferta.
Viam, comiam, e tão breve retornavam. Aquele jardim era deles, e eles ao jardim
serviam.