No
balanço de um andar sensual, que vem a passos lentos, embalado por movimentos,
simetricamente calculados, de quadris largos. Por onde passa encanta, encanta
tudo, encanta a todos. No olhar a sedução, hipnotiza os olhos dos
passantes, dos que aqui estão e também dos que virão.
Na
mão esquerda um longo cigarro, que de trago em trago, enche o ar de uma fumaça
levemente cinzenta e adocicada. Na outra mão, um cálice de vinho tinto,
bebe muito, mas não perde a lucidez nunca, sempre alerta e preparada para a
batalha.
A gargalhada pode ser ouvida ao longe, a uns assusta e a outros encanta.
Liberta de vícios e a outros ensina. Rainha do povo da rua. Traz a magia no
olhar, e sua saia, freneticamente, a rodar.
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