sábado, 8 de janeiro de 2011

O condutor da dança espiral de êxtase

Percorre, velozmente, os bosques;
quando passa todas as criaturas lhe reverenciam:
é o grande pai.
Fertilizador;
há em todas as espécies parte sua,
sua essência.
Na selva é o caçador,
toda a força está em seus braços.
Fecundador em sua plenitude,
desabrocha em beleza e virilidade.
Senhor da primavera,
percorre as florestas e acorda toda a natureza.
O eterno apaixonado:
encanta a donzela e propicia o encontro com o Galhudo,
senhor dos chifres,
tem a força, o poder,
a sensualidade e a masculinidade;
conduz a dança espiral de êxtase.
Ancião, sábio conselheiro,
desperta o conhecimento nos filhos da terra.
Enfurece-se com a profanação de sua amante.
Mama nos seios sagrados e neles mesmo morre;
renasce novamente no grande útero.
Traiçoeiro;
revela caminhos trívios
e conduz pelo mais escuro deles.
Não por maldade,
mas para ensinar aos seus filhos a caminharem pelas sombras:
provar o pânico.
Guardião dos mistérios da vida:
doa o amor e ensina a amar.
        

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