terça-feira, 26 de julho de 2011

Justiça

        A escolha que faz o homem “- Tome a decisão, tens a opção, veja a direção.” Sentido da vida.  O príncipe que governa com seu carro celeste, que orienta voluntariamente para a direita, para a vitória. Tem o caminho da luz, da vida; sobre a terra que a vida e a luz são eternas. Onde se sucedem a eterna alternância da noite com a morte – onde não é a força, nem os esforços, tampouco a certeza de vencer, de chegar ao fim, de ter êxito, que faz o mago que se transformar em príncipe forjar o triunfo essencial, que o fará avançar pela corda frouxa do destino acrobata, sem risco de cair pela esquerda: sem o equilíbrio. Faz justiça: Orienta para o caminho do futuro, com a perseverança que não se pode duvidar, nenhum instante, para alcançar a recompensa.
Não é a justiça dos homens, em seus indecifráveis enigmas, é a justiça da vida e da verdade, sem o toque dos valores que permeiam o mundo de caráter moral. Justa e arcaica, antiquaria, originária. O influxo no instinto da sobrevivência, da garra precisa, irresoluta que guia a razão. Afinada em si mesma, não vacila. Coordena, tão precisa, tudo o que dela vêm e que a ela retorna. Nada descarta; tudo se aproveita, se refaz, se molda.

Nenhum comentário:

Postar um comentário