terça-feira, 26 de julho de 2011

Roda da fortuna

       Os que estão acima um dia cairão “– Plante e colha o grão dinamante.” Produto dos movimentos eternos, transmutações imutáveis de ando transcendente – de galgo mágico. Impulsionador das engrenagens, dos movimentos naturais, do roteiro cíclico. Interpolação do dia e noite. Da luva que toca o céu por cima dos ombros, e que sustenta o solo que firma os pés. Feitos da mecânica dos homens, de vida celeste, de algum lugar, do movimento que libida o gosto provocado pela vontade e pela omissão.
Não é roda. Não é instrumento, mas roca. Não se usa, mas trás pelo movimento o que tem no poço. A que aduzi vida e acalma a sede. Que gira, que desce o balde, que expõe à superfície o que espera o homem. O que tem no poço o homem bebe; e bebe a si mesmo, seu conteúdo, sua essência. Bebe a vontade que move a manivela, bebe a força de seus atos.

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