Do iluminar que expande
pelo horizonte, que a cada passo dado acorda a natureza, dança e segue o
caminho da voz que enuncia a chegada do novo dia. Depois do cantar em uníssono
das aves matinais, que busca restaurar o que foi perdido outrora. Em desfazer
bonança, alavancar corpos, libertar os gritos, cessar o silêncio de desejo
noturno, que toca partes desfeitas. Livrar a obscuridade de imenso deserto ─ em
um só golpe ─ fazer falar a loucura. Desacorrentar os bichos, regar o solo e
plantas, dar boas-vindas ao Grande Astro Pai.
De vozes não vistas que
atroam ao longe, que incitam aos mortais a mirar a aparição divina que se ergue
aos Céus. Sob braços de cura que aliviará e erguerá os enfermos. “ ─ É o brilho
da Roda dos Astros que arrebata o orgulho e a razão, abscindi o ego, auri a
veda dos olhos, outrora posta ali encadeando vertigens de loucura.”
Mira em símbolos, é a
Morgana e a Guinevere, a loucura e a razão, copulam e geri o saber dos Deuses.
Saber não convém loucura, nem a olhos alheios. Anterior à candura, a pureza, a
doce leveza do ser, ao próprio ato da criança.
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