Aceitou o cálice com
satisfação. Aceitou. Aceitou porque era a passagem para aquela nova dimensão.
Agora era bem-vindo ao novo mundo. Apenas não podia ter a certeza, porque ali
ela podia não funcionar. Não devia andar ali como andaras no passado. Lá o
passado não existia nem nunca havia existido. Aquela era a construção para o novo,
tudo devia ser projetado, e quando não servisse mais, devia ser descartado.
Se quisesse, eles o conduziria; lhe
mostrariam como ali o sol nascia, as flores cresciam e os sentimentos
enalteciam. Não lhe diriam que tudo era bonito, pois lá não havia o bonito.
Tudo era reflexo do que os olhos podiam realmente enxergar. Não podia ordenar
que as coisas seguissem sua vontade, sua vontade lá de nada valia, enquanto
estivesse presa à ufania.
Se quisesse, deixariam-no ir. Não
podiam deixá-lo sentir-se preso, não deviam lhe impor suas vaidades. Podia ir
quando quisesse; e lá podia novamente retornar. E, enquanto não voltasse, o
estariam a esperar.
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